Conferência AESAS - Parte I

A essa altura, todo o mercado de áreas contaminadas sabe que aconteceu, entre 02 e 04 de julho de 2019, no Centro Universitário SENAC, a I Conferência AESAS de Gerenciamento de Áreas Contaminadas.
A ECD esteve presente nos três dias de Conferência.
Foi realmente um evento excelente, muito bem organizado pela Soldí , idealizado e promovido pela AESAS  em mais uma ação da parceria dessa entidade com os Cursos de Pós-Graduação em Remediação e Gerenciamento de Áreas Contaminadas do Centro Universitário SENAC, dos quais a ECD tem a honra de ser uma das colaboradoras e de ter em seu corpo docente o Diretor Técnico Marcos Tanaka Riyis.
Há, certamente, muitas coisas a comentar sobre esse evento, mas nesse texto, falaremos sobre o contexto mais "global" da Conferência.
Foi um grande marco para o mercado de Gerenciamento de Áreas Contaminadas (GAC), pois deu a sensação em todos os presentes que evoluímos muito tecnicamente nos últimos anos, que o mercado é mais forte e pujante do que parece nas conversas (e inevitáveis reclamações) do dia-a-dia, e que os grandes "players" do mercado de GAC, ou seja, as empresas associadas à AESAS realmente trabalharam em conjunto para engrandecer o evento e contribuir para a elevação do nível do mercado como um todo.
Na nossa opinião, como empresa de investigação, os grandes destaques foram a presença de nomes (ou lendas) internacionais como Kyra Lynch, da EPA, Wes McCall, da Geoprobe (um dos cérebros e braços por trás do desenvolvimento dos equipamentos de Direct Image como MIP, OIP, HPT, PST, EC, entre outros), Seth Pitkin (atualmente na Tetra Tech, mas durante muito tempo foi da Stone Env, e simplesmente foi o idealizador do Waterloo Profiler e o grande divulgador do conceito do Whole-Core Soil Sampling - WCSS) e Joe Quinnan, da Arcadis/US (autor de muitos artigos sobre investigação e co-autor do famoso livro Remediation Hydraulics).
Curiosamente, a Conferência ocorreu 10 anos após outro evento icônico, o I CIMAS, que contou com a presença de Robert Cleary, John Cherry e Beth Parker, 5 anos após a primeira "invasão brasileira" na Conferência Battelle de 2014. Para nós da ECD, 7 anos após um evento muito importante, o VIII Seminário Internacional sobre Remediação e Revitalização de Áreas Contaminadas , do Instituto Ekos Brasil, onde fizemos uma apresentação oral e participamos de uma seção sobre investigação de alta resolução no meio de um evento de Remediação.
Há uma grande expectativa no mercado que esse evento seja o primeiro de muitos e que se consiga manter o alto nível apresentado nessa, e também se espera que o mercado amadureça mais e que o trabalho conjunto do setor se mantenha no dia-a-dia e que se "espalhe" pelo mercado, uma vez que quem estava na Conferência eram basicamente os "peixes grandes" do mercado, ou o "G20", que detém os grandes projetos, os grandes clientes, os casos complexos de média/longa duração, mas há todo um "mundo real" não contemplado nas discussões, aquele mundo do cliente sem conhecimento (nem paciência), do trado manual, dos relatórios-receitas de bolo, dos lobbies, das pilhas intermináveis de processos, enfim, de assuntos que representam boa parte da cadeia do GAC.
Enfim, certamente houve problemas, mas, em linhas gerais, todas as pessoas com quem falamos eram só elogios à Conferência.
Nós, da ECD, gostamos demais, aprendemos muito e esperamos poder participar das próximas. Em breve, discutiremos alguns detalhes das palestras que acompanhamos.

Obrigado

ECD Ambiental
Julho/2019


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