Newsletter #036 - 14/02/2021
Newsletter publicada originalmente no dia 14/02/21. Para receber a Newsletter no dia correto na sua caixa de e-mail, inscreva-se no link abaixo
Newsletter #036 – 14/02/2021
Olá a todas e
todos
Muito obrigado
por se inscreverem, lerem e acompanharem a nossa newsletter semanal. Essa é a
Newsletter #036
Se quiserem
passar para os amigos, o link para preenchimento do formulário de inscrição
é: https://forms.gle/bQLz561Y2kqUfnhdA. As Newsletters anteriores estão no site da ECD (www.ecdambiental.com.br).
Essa semana
tivemos 8 novos inscritos aqui. Somos em 258 agora!!!!! Sejam bem-vindos:
Bertha, Isabella, Rayanne, Douglas, Milena, Raquel, Bruno, Juliana, André!!!!
Como
vocês já sabem, temos uma campanha no Apoia.Se para mantermos os nossos canais
de divulgação científica gratuitos sobre Gerenciamento de Áreas Contaminadas
(GAC), ciências, meio ambiente, economia e a vida em geral, com dicas,
novidades, comentários, e muito mais, semanalmente nessa Newsletter e no
Podcast e também no Facebook, Instagram, Telegram e Youtube. A campanha, para
quem quiser contribuir está no site http://apoia.se/ecdambiental
Agradeço
demais aos 31 apoiadores atuais, principais responsáveis pela manutenção dos nossos
canais de divulgação, sem a ajuda deles, talvez não fosse possível dedicar todo
esse tempo ao podcast e à essa Newsletter. Muito obrigado a vocês!!!
Ábila
de Moraes, Allan Umberto, Atila Pessoa, Bruno Bezerra, Calvin Iost, Cristina
Maluf, Denise Oliveira, Diego Silva, Fabiano Rodrigues, Felipe Nareta, Filipe
Ferreira, Heraldo Giacheti, João Paulo Dantas, Juliana Mantovani, Larissa
Galdeano, Larissa Macedo, Leandro Freitas, Leandro Oliveira, Lilian Puerta,
Luana Fernandes, Luciana Vaz, Roberto Costa, Rodrigo Alves, Sergio Rocha, Tamara
Quinteiro, Tatiana Sitolini, Wagner Rodrigo, Willem Takiya, e mais 3 apoiadores
anônimos.
O
sexto episódio da 2ª temporada do Podcast Áreas Contaminadas (#042) foi ao ar
na última quinta (11/02), e nele conversei com meu amigo Geólogo, o Doutor
Paulo Lojkasek Lima, uma das pessoas mais conhecidas e reconhecidas do mercado
de GAC. Paulo fez mestrado em Waterloo, Canadá, e doutorado no CEPAS/USP, é
docente do SENAC desde 2009 e um dos sócios da Hidrodinâmica Consultoria.
Foi
uma conversa muito legal, falamos de filhos, escolas Waldorf, vida no Canadá (e
perrengues do frio), trajetória pessoal, acadêmica e profissional, e falamos
muito sobre o mercado de GAC e suas encruzilhadas que nos levam a várias
direções, isótopos, investigação no fraturado com protocolo DFN, poços CMT,
valoração do dano, Jurubatuba, modelo conceitual e muitas outras coisas legais.
Confiram
o perfil, dele no Linkedin: https://www.linkedin.com/in/paulollima/
Site
da Hidrodinâmica: https://www.hidrodinamicaconsult.com.br/
Tese
do Paulo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44138/tde-03082020-112622/pt-br.php
Artigo
sobre DFN: https://clu-in.org/products/siteprof/2007fracrock/028Parker%2CB.pdf
Protocolo
de NSZD: https://lnapl-3.itrcweb.org/appendix-b-natural-source-zone-depletion-nszd-appendix/
Durante
o episódio, Paulo fala de alguns temas que eu gostaria de reforçar aqui na
Newsletter:
-
Para a investigação do fraturado, o protocolo mais moderno é realizar o DFN
(Discrete Frature Network) proposto pela professora Beth Parker. Consiste,
basicamente, em fazer muitos ensaios com a matriz da rocha fraturada, ou seja,
com a própria rocha por meio de testemunhos coletados e ensaios posteriores no
furo de sondagem. Portanto, é fundamental coletar esses testemunhos. Eu sempre
digo Amostrai o Solo, e meu amigo Nilton Miyashiro sugere expandir o conceito
para “Amostrai a Rocha”;
-
Paulo falou sobre o saprólito, formado pela alteração da rocha que está em
contato com a sua matriz, a rocha fraturada. O saprólito é extremamente
heterogêneo e possui porosidade primária (como se fosse silte, com
intercalações de areia ou argila) e porosidade secundária muitas vezes, ou
seja, apresenta fraturas. O saprólito está longe de ser homogêneo portanto,
deve ser investigado adequadamente em casos com possibilidade de ocorrência de
DNAPL. Provavelmente vai ser a zona de maior transporte desse DNAPL
-
Algumas situações geológicas fazem com que o meio fraturado seja mais
vulnerável. Por exemplo, se essa alteração de rocha está rasa (menos que 10-15
metros), se é heterogêno, com porosidade secundária e se é uma região de
ocorrência do cristalino, com fraturas conectadas ao saprólito. Se aliarmos
essa condição geológica à ocupação, com indústrias que utilizam ou utilizaram
solventes clorados, temos a receita perfeita para uma contaminação grave do fraturado.
Exatamente a condição do bairro de Jurubatuba, o que torna a contaminação lá
muito problemática e um problema ambiental grave e de difícil solução
Semana que vem, o 43º episódio,
que irá ao ar no dia 18/02, eu mostrarei uma conversa muito bacana com três
garotas que atuam com GAC, duas estagiárias e uma ex-estagiária que foi
efetivada, todas da Arcadis. Elas falam de suas trajetórias de vida e
acadêmica, seus sonhos, batalhas e expectativas de futuro dentro do nosso
mercado. E, obviamente, dão várias dicas legais para quem tem a mesma vontade
de ingressar no nosso meio. Foi uma conversa realmente muito legal, tenho
certeza que vocês vão gostar muito também. As duas estagiárias são a Ana Júlia
e a Fernanda e a ex-estagiária é a Maria. Enquanto esperam, conheçam um pouco
mais sobre elas no Linkedin:
Ana Júlia Lemes: https://www.linkedin.com/in/ana-j%C3%BAlia-luz-giacometti-lemes-994827141/
Fernanda Souto Barreto: https://www.linkedin.com/in/soutofernanda/
Maria Chade: https://www.linkedin.com/in/maria-cristina-franceschini-chade-77430b1a2/
Hoje vou falar brevemente de
alguns assuntos mais técnicos aqui. O primeiro deles é sobre os poços CMT,
citados pelo Paulo Lima no Podcast como parte de sua tese. O CMT (Channel
Multilevel Tool) é uma ideia fantástica da Solinst do Canadá e do Murray
Einarson para fazer, em um mesmo furo, vários pequenos poços de seção filtrante
discreta, cada um monitorando uma unidade hidroestratigráfica diferente, por
meio de aberturas em posições diferentes. Obviamente deve-se conhecer muito bem
o meio para dimensionar onde cada abertura vai ficar.
Imagine pegar 3 mangueiras
de ½’’, fixá-las muito bem uma na outra com cintas Hellerman (abraçadeiras de
nylon, popularmente conhecidas com um nome de mau gosto: “esgana gato”) e
transformar esse conjunto em um tubo único. Aí, em cada mangueira, você faz uma
abertura de uns 5 cm em posições diferentes. Por exemplo, em 5 metros desse
conjunto, você faz uma abertura em 4,80 m, outra em 3,50 m e a terceira em 3,0
m. Essa é a ideia do CMT, só que não são mangueiras com Cintas Hellerman, mas
sim um tubo fabricado especialmente para essa finalidade. Pode ter 3 ou 7
canais. Com isso, em um único furo, você instala 3 pontos de monitoramento, que
podem ser usados para medir o potencial hidráulico naquela pequena porção de 5
cm, ou mesmo avaliar a concentração de substâncias químicas também naqueles 5
cm, o que é fantástico e está totalmente de acordo com as boas práticas da
investigação.
Porém, a grande, ou melhor,
a enorme dificuldade está em instalar esse poço. Como quase tudo na vida e em
particular nos trabalhos de campo do GAC, falar é muito mais fácil do que
fazer.
A primeira parte é tão fácil
(ou difícil) quanto instalar um poço convencional, com trados ocos helicoidais
(Hollow Stem Auger). Aí, quem já instalou um poço convencional, de 2’’ com
Hollow em uma situação de grande coluna de água e com areia sabe da dificuldade
de fazer essa instalação. A pressão de água e da areia fora dos trados ocos é
muito grande quando colocamos o tubo e o pré-filtro e, quando permitimos a
entrada de água nos trados ocos é quase impossível deixar o pré-filtro na
posição correta, pior ainda é sacar os trados com toda essa interferência.
Muito bem, agora imagine
fazer essa operação, depois colocar bentonita acima desse pré-filtro e, em
outro ponto da perfuração, colocar novamente o pré-filtro acima da bentonita,
cheio de água, material perfurado, bentonita, pré-filtro, tudo isso dentro dos
trados ocos enquanto você tenta sacar o conjunto de trados e manter o tubo na
posição.
É realmente uma tarefa para
mestres. Se instalar um poço “simples” é difícil, imagine um tubo com 3 portas,
de 5-10 cm de abertura, onde tudo tem que ficar certinho no lugar. Agora
imagine 7 portas!!!!!! É quase impossível garantir que as portas ficaram no
lugar desejado e que ficaram isoladas entre si.
Uma das soluções criadas
para facilitar esse trabalho foi a bentonita citada pelo Paulo, com uma
substância que retarda a expansão dela. Então, ela afunda até acima do
pré-filtro (imaginando que esse ficou na posição correta) e se expande só
depois de algum tempo. A bentonita em pellets convencional se expande antes de
chegar no fundo do furo, dificultando ainda mais o trabalho. Mas, essa
bentonita especial é bem cara e, além disso, como o Paulo falou, faz uma “mini
biorremediação” no poço, pois contém algum polímero que libera carbono e
hidrogênio que torna o meio mais redutor, e faz uma desclorinação redutiva nos
etenos clorados.
Então, mesmo sendo uma
solução genial, a dificuldade na operacionalização da ideia é realmente muito
grande, o que faz pensar se não é mais interessante instalar 3 ou 7 poços um ao
lado do outro. Obviamente há casos e casos, e cada um tem sua especificidade,
mas é bom que vocês saibam que instalar um CMT é algo extremamente complexo.
Como última informação sobre
esse tema, a Solinst lançou um CMT pré-montado, ou seja, já vem com “pacote” de
pré-filtro para colocar na posição e “pacote” de selo de bentonita, para serem
colocados na posição exata. Nesse caso, o poço vai ficar instalado
corretamente, sem problemas. A dificuldade aí é que precisa ser instalado por
Direct Push, não com Hollow, e esse Direct Push tem que ser de grande diâmetro
(3,5 polegadas) e cravar essas hastes não é nada fácil também.
Enfim, obviamente tem sua
utilidade, nos EUA e Canadá é bastante usado e, de qualquer forma, a ideia e o
princípio são realmente geniais, recomendo que vocês leiam o material
disponível nos links abaixo:
Explicações básicas, vídeos:
https://www.solinst.com/products/multilevel-systems-and-remediation/403-cmt-multilevel-system/
Papers relacionados e
fundamentação científica: Excelente!!!! https://www.solinst.com/resources/cmtmultilevelsystems.php
Outro tema muito importante
no nosso mercado é a análise de TPH (Hidrocarbonetos Totais de Petróleo). São
muitas as modalidades de TPH oferecidas pelo laboratório, qual escolher para o
seu projeto? Não pretendo esgotar esse assunto hoje, mas basicamente, pelo que
tenho lido, conversado e assistido nos últimos tempos é mais ou menos o
seguinte:
- Para se fazer um
“screening” inicial da área e saber se o solo e/ou a água subterrânea tem
hidrocarbonetos de petróleo que possam causar risco à saúde humana, e ao mesmo
tempo usar as informações para tentar identificar “por cima” o tipo de produto,
o grau de degradação e se é um derramamento novo ou antigo, recomenda-se
utilizar o TPH-fingerprint e olhar a relação pristano/ftano
- Para se avaliar a
possibilidade desse hidrocarboneto oferecer de alguma forma risco à saúde humana
(ingestão de água, contato dérmico com o solo, etc), deve-se separar os
hidrocarbonetos de petróleo em frações, portanto, deve-se solicitar a análise
das amostras de solo ou de água para TPH-fracionado
- Mas quais tipos de
frações? Aí complica mais um pouco. O documento do ITRC (https://tphrisk-1.itrcweb.org/) mostra diferentes possibilidades de dividir
essas frações, não havendo, portanto, um consenso. Mas, em linhas gerais, é
preciso que as frações reportem a partir do C6 e dividam os alifáticos dos
aromáticos, portanto, as frações seriam, por exemplo, C6-C8 alifática, C6-C8
aromática, etc. Assim, é possível comparar os resultados obtidos com alguns
padrões internacionais. Nesse documento do ITRC há links para outros, de vários
estados da EPA, mas atualmente parece que a análise TPH-fracionado CWG (Criteria
Working Group) é a mais usual e mais fácil de fazer as comparações e
posteriormente fazer a avaliação de risco à saúde humana.
Recomendo algumas leituras
para quem quer entender um pouco desse assunto:
Análises TPH-fracionado CWG: https://www.api.org/-/media/Files/EHS/Environmental_Performance/Frequently-Asked-Questions-About-TPH-Analytical-Methods-for-Crude-Oil.pdf?la=en&hash=924CCE52C33C288A8454D38695347DCC0693A653
Referência do Havaí: http://www.hawaiidoh.org/references/TPHCWG%201998.pdf
Referência
importante de toxicologia ressaltando a importância das frações de TPH pelo CWG:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/10189583/
https://sci-hub.se/https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.3109/01480549909029736
Essa semana terminei de ler
um livro muito interessante. Ele de certa forma, é contraintuitivo para quem é
da “geração Y” ou é um “Millennial”, como muitos de vocês que me leem. Em
particular para os que navegam pelo Instagram e Linkedin, ouvem/leem histórias
bonitas de sucesso/superação, “jornadas do herói”, “storytellings” de
“influencers” diversos, e acreditam fortemente na meritocracia, no
empreendedorismo, na máxima “querer é poder” e outras lendas famosas da
autoajuda.
O livro se chama “Este livro
não vai te deixar rico” do autor anônimo intitulado Startup da Real. Eu já
conhecia o perfil no Twitter e já tinha lido os textos deles no Medium (https://startupdareal.medium.com/ ), mas o livro é ainda melhor. Ele vai
desmontando um por um os grandes mitos do empreendedorismo de palco e colocando
um pouco de ciência para desconstruir as grandes máximas do poderoso marketing.
Particularmente eu gostaria de chamar a atenção de vocês para os “Gatilhos
Mentais” a que estamos constantemente sendo submetidos.
Esse conceito é sobejamente
dominado pelos experts em propaganda, particularmente pelos gurus do marketing
digital. Meu chamado à atenção é para que vocês não entrem nessa espiral artificial
criada por esses gurus que querem, basicamente, que você “se engaje”, que
“consuma”, que “entre no funil de vendas” deles, e o Instagram e o Linkedin são
ferramentas perfeitas para cairmos de gaiato nesses Gatilhos Mentais. São
muitos, e vocês vão ler os textos que explicam direitinho esses conceitos, mas
temos, por exemplo, o gatilho “dor x prazer”, onde lhe é apresentado um falso
dilema, levando você a achar que há somente duas escolhas possíveis e uma
claramente trará a dor, logo, o prazer está em seguir as recomendações do
marketeiro. Há os famosos gatilhos da escassez e da urgência (só até sábado...
últimas 24 horas...). Quem nunca caiu nesse atire a primeira pedra.
E, no nosso caso, os mais
relevantes para o ponto que quero desenvolver é o da autoridade e o da prova
social. “Tenho 20 anos de mercado”, “Remediamos 30 áreas”, “dou aula no SENAC”,
e outros são gatilhos mentais de autoridade que fazem vocês aceitarem a fala
que vem depois sem questionar muito. O da prova social é trazer depoimentos de
outros clientes satisfeitos, ou opiniões de pessoas do mercado, ou de expoentes
internacionais de modo a fazer parecer que “está todo mundo usando a ferramenta
X”. Recomendo que vocês prestem atenção nisso para não serem vítimas dos
marketeiros usando os gatilhos mentais contra vocês. Nem nas mídias sociais de
modo geral, muito menos no nosso mercado de áreas contaminadas.
Não acreditem em mim só
porque tenho doutorado e dou aula no SENAC (olha eu dando a carteirada aí e
acionando o gatilho de autoridade). Estude, leia, experimente e tire as suas
próprias conclusões. Não caiam nessas histórias!!!!
Aproveitando, sobre
marketing e seus impactos sociais e ambientais, recomendo o livro “Sem Logo” da
Naomi Klein, é fantástico!!!!
Texto muito bem explicativo
do Startup da Real: https://medium.com/startup-da-real/como-n%C3%A3o-planejar-uma-vida-de-sucesso-3dc8433162be
Esse fala dos famosos livros
de empreendedorismo e autoajuda: https://startupdareal.medium.com/indica%C3%A7%C3%B5es-de-livros-startup-da-real-42f5df423b59
Aqui uma explicação sobre
marketing digital (já viu a propaganda da Bettina? Já viu os anúncios do 6 em
7?): https://medium.com/startup-da-real/como-funcionam-os-esquemas-de-marketing-digital-cc97252e644d
Síndrome do Impostor? https://medium.com/startup-da-real/talvez-s%C3%ADndrome-do-impostor-n%C3%A3o-seja-coisa-da-sua-cabe%C3%A7a-b825d5517b92
Aproveitando o Podcast #043,
com as Estagiárias do GAC: texto muito legal sobre assédio moral no trabalho: https://medium.com/startup-da-real/sua-piada-de-estagi%C3%A1rio-n%C3%A3o-%C3%A9-engra%C3%A7ada-95de44af4c31
Aqui um texto de uma empresa
de marketing digital incentivando o vendedor a usar os gatilhos mentais: https://rockcontent.com/br/blog/gatilhos-mentais/#:~:text=Gatilhos%20mentais%20s%C3%A3o%20est%C3%ADmulos%20recebidos,resultados%20para%20marketing%20e%20vendas.&text=Esses%20gatilhos%20mentais%20embasam%20muitas,que%20voc%C3%AA%20v%C3%AA%20por%20a%C3%AD.
Vamos agora às notícias da
semana:
- Recebi mais vagas de emprego: Na Éllu Ambiental (área
comercial – contato@elluambiental.com.br ) e
na Waterloo (muitas vagas, de estagiário a Analista Sênior – curriculo@waterloo.com.br) .
As vagas que recebo compartilho imediatamente no nosso Canal do Telegram (https://t.me/areascontaminadas)
- O site do MMA divulgou o curso de Introdução ao GAC,
oferecido pela parceria SENAC/AESAS para os técnicos dos órgãos ambientais.
Essa divulgação fez as 500 vagas se esgotarem em 2 dias. Isso é um sinal muito
bom e importante para o nosso mercado, o GAC é um tema quente dentro da área
ambiental. Esse curso será oferecido em março/2021. Esses passos são
fundamentais para o crescimento técnico do mercado. Uma vez que os
profissionais que regulam, que formulam, aplicam e fiscalizam as leis tem um
entendimento técnico de alto nível, com certeza a sociedade sai ganhando pelo
aumento da exigência nas investigações e remediações e o mercado sai ganhando,
pois as regras são mais claras e há um respaldo legal e normativo para que o
Consultor ofereça os melhores serviços ao Responsável Legal. https://www.gov.br/mma/pt-br/assuntos/noticias/abertas-inscricoes-para-curso-de-gestao-de-areas-contaminadas
- Grande dica do meu amigo Leandro Freitas: imagens
lindíssimas de um acontecimento bem horrível: fluorescência de petróleo vazado
no ambiente com luz UV-A, mostrando mais uma vez as grandes possibilidades de
uso dessa tecnologia no segmento de áreas contaminadas: https://www.nationalgeographic.com/news/2010/7/100708-environment-science-gulf-oil-spill-glowing-ultraviolet-pictures/
- A Faculdade de Medicina da USP vai fazer uma grande
investigação para relacionar a poluição ambiental com doenças renais. Nosso
mercado poderia dar a sua contribuição, não acham? Dois grandes exemplos são o
TCE e o Benzeno, já reconhecidos como grandes causadores de problemas renais.
Leiam a nota no site da FMUSP e dois artigos famosos sobre as duas SQIs citadas
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/16421178/
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/16161967/
- Semana passada falamos um pouco sobre NSZD (Natural
Source-Zone Depletion) para LNAPL. Hoje, apresento o Tecnical Report de um
produto comercial da CRC Care, da Austrália, que promete estimular a NSZD . O estudo é entitulado: “Australian case studies of
light non-aqueous phase liquid (LNAPL) natural source zone depletion rates
compared with conventional active recovery efforts”. Vale
a leitura: https://www.crccare.com/files/dmfile/CRCCARETechnicalReport47_AustcasestudiesofLNAPLNSZDrates.pdf
- Falamos no podcast e retomamos aqui sobre a professora
Beth Parker e a investigação de meios fraturados. Aqui, alguns links que podem
ajudar a entender o trabalho dela:
https://g360group.org/our-team/principal-investigators/beth-parker/
Protocolo DFN (artigo): https://clu-in.org/products/siteprof/2007fracrock/028Parker%2CB.pdf
- Eilee Mash mostra no linkedin os resultados de uma
Ressonância Nuclear Magnética no solo. A NMR se relaciona bem com o HPT: https://www.linkedin.com/posts/eilee-walsh-88413a184_nmr-data-is-consistent-with-hpt-data-but-activity-6764930492849623040-RThF/
- A EPA vai iniciar uma grande investigação/remediação de
uma antiga planta fabril da GM/Delco. As operações ali começaram em 1915: https://www.kokomotribune.com/news/epa-proposes-remediating-delco-plant-5-site/article_7773f2be-6719-11eb-ba8a-cfc1176b8ad8.html
- Dica do Geólogo Marcos Araújo: contaminação em
Sobral-CE faz o MP local exigir que o órgão ambiental estadual do Ceará apure a
questão. Esse tipo de ação tende a aumentar muito em todo o Brasil. É
importante que fiquemos atentos sobre esse assunto. https://www.oestadoce.com.br/geral/sobral-mpf-pede-a-orgaos-ambientais-apurar-possivel-contaminacao-de-solo/
- Mercado Imobiliário otimista para 2021. Significa
demanda aquecida para projetos de GAC: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2021/02/mercado-imobiliario-espera-expansao-em-2021-mesmo-que-juros-aumentem.shtml
- Texto da Cascade mostra os usos das metodologias Direct
Push para investigação de áreas contaminadas: https://www.cascade-env.com/resources/blogs/archive/how-to-know-if-dpt-is-your-best-option/
- Outro texto da Cascade interessante, um deles fala de
uma investigação e remediação na famosa área do Cape Canaveral, de
responsabilidade da NASA. Pois é, a NASA contamina áreas (aqui na Terra mesmo).
https://www.cascade-env.com/about-us/latest-news
- Bela dica de Calvin Iost: A CTech lança um web viwer
para modelos 3D. Vale a pena darmos uma olhada: https://www.linkedin.com/posts/calvin-iost_ctech-activity-6765719972745400321-4nYD
- Dentro desse tema, modelagem e visualização 3D, um
texto bacana da Seequent, desenvolvedor do Leapfrog, falando sobre as vantagens
de um aplicativo que faça isso: https://www.seequent.com/pt-br/ter-uma-visao-clara-do-problema-em-nenhum-outro-momento-foi-tao-importante-quanto-entender-a-problematica-de-uma-area-com-incidencia-de-contaminacao/
- Texto muito interessante do Victor Silva sobre
incremento de dados e mudança no modelo geoestatístico. Escrito para a
mineração, mas tem muito a ver com o nosso mercado do GAC. https://www.linkedin.com/posts/victor-miguel-silva-45558656_mineraaexaeto-geoestataedstica-krigagem-activity-6765976898263666688-zchA
- Aqui temos uma aula muito legal, introdutória ao GAC
ministrada pela Camila Guarany, que já foi entrevistada por mim no Episódio
#023 do Podcast. Assistam a aula dela: https://www.youtube.com/watch?v=EvbwHo0E3cg
- Uma notícia absurda, uma das mais absurdas dos últimos
tempos, certamente a pior que eu li essa semana (e olha que essa semana não foi
das melhores, hein!!!): Governador de Roraima libera o uso de mercúrio nos
garimpos. Sim, é isso que você leu, além de liberar o garimpo em terras
indígenas, liberou o uso de mercúrio no garimpo!!!! https://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/2021/02/09/governador-do-rr-sanciona-liberacao-de-garimpo-com-uso-de-mercurio-para-procurador-lei-e-inconstitucional.ghtml
- Ano passado tínhamos medo da “boiada passar”. Pois
infelizmente, ela passou mesmo: https://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2021/02/10/estudo-comprova-que-salles-passou-a-boiada-nas-regras-de-meio-ambiente.htm
- Nessa semana faz 16 anos que Dorothy Stang foi
assassinada por fazendeiros que estavam descontentes com suas ações em favor do
povo pobre da Amazônia e da floresta. Às vezes eu imagino que todo mundo no
nosso meio conhece a Irmã Dorohty, mas 16 anos é muito tempo, muitos dos que me
leem aqui eram muito jovens quando aconteceu. Isso me faz pensar que muitos de
vocês também não conhece a luta de Chico Mendes, outro militante ambientalista
e da reforma agrária assassinado em (mais um) conflito de terras no Brasil em
1988. Por isso, nessa semana, gostaria que vocês lessem e conhecessem um pouco
da Dorothy Stang:
https://www.youtube.com/watch?v=X40gw3tj0FA
http://memorialdademocracia.com.br/card/assassinato-de-dorothy-stang-choca-o-pais
- Imagens da NASA mostram efeitos deletérios da mineração
na Amazônia peruana: https://g1.globo.com/natureza/noticia/2021/02/12/rios-de-ouro-as-imagens-da-nasa-que-revelam-o-impacto-da-mineracao-ilegal-na-amazonia.ghtml
- Há algumas semanas, falei sobre um caso muito curioso,
dos hipopótamos que pertenciam ao Megatraficante Pablo Escobar, acabaram soltos
na natureza e agora criam um grande problema ambiental, de solução muito
difícil. https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2021/02/11/por-que-cientistas-falam-em-bomba-relogio-e-querem-matar-famosos-hipopotamos-de-pablo-escobar.htm
- Um caso curioso e absurdo: alunos assistem aulas sem
saber que estavam gravadas e o docente tinha falecido em 2019. A instituição
(canadense) rebate dizendo que os docentes assinaram contratos cedendo
“direitos de imagem e propriedade intelectual” para sempre, ou seja, é direito
da instituição publicar essas aulas. Em tempos de crescimento exponencial de
aula online, há de se estabelecer limites? O trabalhador-docente continua a “gerar
valor” para a instituição mesmo após a sua morte? https://br.noticias.yahoo.com/universitario-descobre-que-tem-aulas-online-com-professor-morto-desde-2019-203220886.html
- Minha amiga e arquiteta Renata Davi escreveu um artigo
muito legal, sobre Gerencialmente de Projetos para Arquitetura, mas se aplica
muito bem para o GAC: https://www.linkedin.com/pulse/gerenciamento-de-projetos-%25C3%25A9-para-arquitetos-renata-davi/?trackingId=ya2%2Fzb%2FxQRmTESYMiwHviw%3D%3D
- Belo texto sobre a megafauna que anteriormente viveu no
território onde hoje é o Brasil: https://twitter.com/PedroHTunes/status/1357820865027715072?s=08
Pelo menos uma notícia boa:
Presidente Joe Biden anuncia que os EUA vão ratificar o Acordo de Paris: https://www.whitehouse.gov/briefing-room/statements-releases/2021/01/20/paris-climate-agreement/
Amigas e amigos, muito
obrigado pela leitura. No Canal do Youtube (youtube.com/c/ecdtraining) estamos
com 609 inscritos! No Telegram (https://t.me/areascontaminadas ) temos 244 inscritos e no Instagram já temos 466
Seguidores (@ecdambiental). Espero que estejamos conseguindo ajudar bastante
gente!!!!
Por hoje é isso.
Aguardo os comentários, sugestões e críticas. Mais uma vez peço que acessem
o https://apoia.se/ecdambiental para vocês conhecerem melhor a nossa campanha e, se puderem,
contribuírem conosco. Se tiverem dúvida, estou à disposição.
Se alguém não
quiser mais receber as minhas mensagens, é só responder esse e-mail com o texto
REMOVER
Marcos Tanaka
Riyis
ECD Ambiental
http://youtube.com/c/ecdtraining
Comentários
Postar um comentário