Newsletter ECD #034 - Publicada em 31/01/2021
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Como vocês já sabem, temos uma campanha no Apoia.Se para mantermos os nossos canais de divulgação científica gratuitos sobre Gerenciamento de Áreas Contaminadas (GAC), ciências, meio ambiente e a vida em geral, com dicas, novidades, comentários, e muito mais, semanalmente nessa Newsletter e no Podcast e também no Facebook, Instagram, Telegram e Youtube. A campanha, para quem quiser contribuir está no site http://apoia.se/ecdambiental
Essa semana, houve a adesão de mais uma apoiadora a Ábila Gabriela de Moraes. Agradeço demais aos 31 apoiadores atuais: Ábila de Moraes, Allan Umberto, Atila Pessoa, Bruno Bezerra, Calvin Iost, Cristina Maluf, Denise Oliveira, Diego Silva, Fabiano Rodrigues, Felipe Nareta, Filipe Ferreira, Heraldo Giacheti, João Paulo Dantas, Juliana Mantovani, Larissa Galdeano, Larissa Macedo, Leandro Freitas, Leandro Oliveira, Lilian Puerta, Luana Fernandes, Luciana Vaz, Roberto Costa, Rodrigo Alves, Sergio Rocha, Tamara Quinteiro, Tatiana Sitolini, Wagner Rodrigo, Willem Takiya, e mais 3 apoiadores anônimos. Muito obrigado a vocês, que são os principais responsáveis pela manutenção dos nossos canais de divulgação.
O quarto episódio da 2ª temporada do Podcast Áreas Contaminadas (#040) foi ao ar na última quinta, e nele Conversei com meu amigo de loooonga data Leandro Gomes de Freitas, o famoso “Leandro do IPT”. Conheci Leandro quando ele era um garoto de 17 anos, acabando de ingressar na Universidade, e desde aquele tempo super motivado com a causa ambiental, com uma gana incrível de aprender e uma imensa vontade de lutar pelo bem do coletivo, de construir as coisas que são significativas para a maioria.
Agora, passados mais de 15 anos, aquele jovem inquieto, rebelde e combativo é um marido e pai exemplar, um pesquisador renomado e um profissional altamente capacitado.
O Leandro fala no episódio sobre a atuação do IPT no geral e especificamente no GAC. Muita gente pergunta: o IPT é concorrente da consultoria? Leandro avança nesse tema no podcast, vale a pena ouvir.
Além do IPT, falamos, claro, dos velhos tempos da UNESP Sorocaba, do início do Campus e do início dele no Campus, onde, por um lado, não havia nada, por outro, havia um mundo a ser construído e assim ele ajudou a fazer. Uma de suas construções foi a Rede de Educação Ambiental, muito ativa ainda hoje e onde ele leu muito e aprendeu sobre Educação Ambiental, Permacultura, e outras coisas.
Falamos, é claro, de temas técnicos, como Cidades Inteligentes, sensores de grandes dados ambientais, o uso do MIP na investigação de áreas com metano, investigação de alta resolução, e de um projeto piloto do qual ele faz parte que quer integrar os dados de investigações ambientais no estado inteiro. O piloto está sendo muito bem desenvolvido e teremos resultados em breve.
Durante o episódio, Leandro fala de alguns temas que eu gostaria de reforçar aqui na Newsletter:
- Marcos Reigota é um famoso pesquisador na área de Educação Ambiental, atualmente é docente na UNISO. Principais livros: O Que é Educação Ambiental, Ecologistas e Cidadania e Educação Ambiental.
https://www.amazon.com.br/Ecologistas-Marcos-Reigota/dp/8585869372
Recomendo também esses textos: https://www.redalyc.org/jatsRepo/279/27956721001/html/index.html
http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=3860
- Leandro também recomenda o livro Vingança de Gaia, de James Lovelock. Gosto bastante dessa obra e do autor, uma das fontes para os movimentos: Decrescimento e Bem Viver. Além de Vingança de Gaia, Lovelock escreveu: Gaia - Um Novo Olhar sobre a Vida na Terra, Novaceno – a Era da Hiperinteligência, e o mais recente: Gaia, Alerta Final, que comecei a ler. Recomendo muito!!!
- Ele fala da Permacultura, se baseia na cultura permanente, dos grandes ciclos, onde ocorre um planejamento sistêmico dos ambientes humanos, agrícolas ou não, para que esses sejam sustentáveis, utilizando as melhores práticas para reaproveitamento da matéria e energia e fortemente centrado em um design baseado na natureza que facilite o trabalho e o reaproveitamento. Obviamente é uma ciência que busca não subjugar a natureza, não extrair os seus recursos, atua fora da ótica do lucro, da exploração do trabalho animal ou humano, e sim em promover uma vida humana de qualidade em harmonia com a natureza.
https://permacultura.ufsc.br/o-que-e-permacultura/
- Durante a sua fala sobre a dissertação, ele conta sobre o uso do MIP, para investigação de metano, utilizando um dos 3 detectores do equipamento, o FID. Intuitivamente parecia ser algo muito interessante e a dissertação dele mostrou que realmente é. Além dos aterros, lixões, áreas de várzea, etc, esse conceito pode ser utilizado na remediação de hidrocarbonetos e de clorados, ao avaliar a condição metanogênica da área fonte, se está ou não ocorrendo uma atenuação natural ali (Natural Source Zone Depletion - NSZD)
https://www.itrcweb.org/Guidance/GetDocument?documentID=47
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0043135419302994
- Além do FID, ele fala do SCOST, um módulo do UVOST que lê a cor do solo. É algo simples e genial, pois a cor do solo pode se relacionar com a quantidade de matéria orgânica, além de fornecer uma interpretação automática e, com softwares adequados, reconhecer a cor verdadeira do solo e facilitar a descrição das unidades hidroestratigráficas. É um equipamento pouco conhecido no Brasil, mas seria muito útil
http://www.dakotatechnologies.com/services/scost
- Leandro fala do trabalho que está, junto com outros voluntários, desenvolvendo para aquisição de dados em grande escala de intrusão de vapores. Ele citou o fator de atenuação de 0,03 criado nos EUA pela EPA a partir de um estudo similar ao que ele está participando. Esse é o famoso “fator alfa”, que transforma a concentração de vapores abaixo do contrapiso (subslab) em potencial de concentração de vapor no ar ambiente a ser respirado pelo receptor. Ou seja, você pega a concentração de uma SQI obtida no subslab, por TO-15, por exemplo e multiplica por 0,03. O valor obtido deve ser comparado com a concentração máxima permitida daquela SQI em ar ambiente pelos Regional Screening Levels da EPA. Complicado, mas importantíssimo no GAC!!!!
https://www.epa.gov/vaporintrusion/vapor-intrusion-resources
- Outra questão importante: ele cita a indústria Zanetini & Barossi, localizada na Vila Carioca, que gentilmente cede sua área e seus dados para que nós, do SENAC, possamos estudar com dados reais uma área contaminada. Nós, da comunidade do GAC, temos muito a agradecer ao Sr Antonio Carlos, um dos proprietários da indústria, e à Mirna que cuida do GAC na ZB
- Por fim, ele nos ensina que, se o Guilherme diz que “Sem Alta Resolução, não Há Solução”, podemos concluir dizendo também que “Sem Cooperação, não há Solução”
Confiram o perfil, dele no Linkedin: https://www.linkedin.com/in/leandro-gomes-de-freitas-b3098221/
A dissertação dele: https://repositorio.unesp.br/handle/11449/150662
As dicas sobre a Universidade de Newcastle (Austrália): https://www.newcastle.edu.au/research/centre/gcer
Semana que vem, o 41º episódio, que irá ao ar no dia 04/02, eu entrevistarei Felipe Prenholato, Engenheiro Ambiental formado pela UFABC, “comandante” do canal Valor Ambiental e um dos sócios da Raízcon. Falamos sobre a trajetória dele, da fundação da empresa e do canal, como uma pequena empresa pode operar sinergicamente dentro do GAC, como ela pode começar entre outras coisas. Felipe dá também algumas dicas sobre marketing digital e mídias digitais.
Perfil dele no Linkedin: https://www.linkedin.com/in/felipe-prenholato-945a3847/
Canal Valor Ambiental no Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCt2UjqzJG1J1Aj4rtIhCxIg
Site da Raízcon: https://raizcon.com/
Como tema mais técnico de hoje, gostaria de falar sobre algo que é muito abordado e discutido no SENAC, mas com pouco “eco” no mercado, e vou aproveitar para responder a uma questão formulada por uma seguidora: devo coletar amostras indeformadas para determinar a porosidade “da minha área”? A resposta parece muito simples, mas é bem complexa.
Primeiro de tudo, o que é porosidade? É a porcentagem de vazios que há naquela amostra de solo. E o que é porosidade efetiva? É a porcentagem de poros interconectados, que permitem o fluxo de água, “retirando” do índice os poros que deixam o fluido (como a água) estagnado.
Para que servem as porosidades dentro do contexto do GAC? A porosidade total é utilizada na planilha de avaliação de risco da CETESB. Esse é o uso mais comercial, mas também essa propriedade é extremamente relevante para o cálculo da massa dissolvida, uma vez que temos de saber o volume de água daquela unidade hidroestratigráfica (UH) que está contaminada com a concentração X (imaginando-se que a concentração foi obtida – por exemplo em um poço – que está somente nessa UH). Para se obter o volume de água que existe lá, multiplica-se a área representativa pela espessura da UH pela porosidade total (afinal, não é uma piscina lá embaixo, mas um conjunto de poros no meio de uma matriz sólida). Multiplicando a concentração representativa da UH pelo volume de água da UH, temos a massa dissolvida. A porosidade efetiva serve para calcular a velocidade real da água subterrânea. A “velocidade de Darcy” é dada pelo gradiente hidráulico multiplicado pela condutividade hidráulica. Para obtermos a velocidade do fluxo advectivo, devemos dividir esse resultado pela porosidade efetiva.
Mas: existe uma porosidade “da área”? Obviamente não, existe uma porosidade da unidade hidroestratigráfica, ainda assim varia muito. De modo que obter um único valor para o site inteiro é muito parecido com não saber essa propriedade, ou seja, temos que determinar essa propriedade em cada UH
Como determinamos a porosidade total e específica? Com ensaios em laboratório. Mas, para isso, é necessário enviar a ele uma amostra indeformada, e é aí que a porca torce o rabo. O laboratório normalmente não explica corretamente, ainda mais os laboratórios não especializados em solo, e nós, do mercado de GAC, não estamos acostumados a obter essas amostras, diferente dos nossos colegas da Agronomia ou da Engenharia Civil.
O que quase todo mundo faz é utilizar um amostrador de anel tipo Uhland (https://www.google.com/search?sxsrf=ALeKk02xMWrRvRPYknDkamHkD-V4iogF1Q:1612089668814&source=univ&tbm=isch&q=amostrador+uhland&sa=X&ved=2ahUKEwj8x7iA_sXuAhWJH7kGHUFIDlkQjJkEegQIAxAB) , um anel cilíndrico de mais ou menos 5 cm de altura por 5 cm de diâmetro. Ele foi criado para coletar amostras superficiais. Mas, pergunto a vocês, qual a relevância de determinarmos a porosidade do solo superficial, normalmente um aterro nas nossas áreas? Nenhuma. Então, é melhor não ter esse dado do que considerar aquela porosidade do solo superficial para toda a área. É preferível obter o dado da literatura.
Pior, o amostrador vem com uma cabeça de bater e recomenda o uso de uma marreta. De você golpear o amostrador, ele vai deformar a amostra coletada. Ele passa a ser uma amostra deformada e o ensaio de porosidade não pode ser feito nela, então, por favor, não batam no amostrador de coleta de amostras indeformadas.
Aí você vai me dizer que fez uma adaptação com hastes e consegue coletar amostras em profundidade. Você fura, digamos, até 7 metros (com trado manual, ou helicoidal, ou mesmo com Hollow), está na UH desejada, desce o amostrador com as hastes e “empurra” o amostrador. Ótimo, você acaba de coletar o distúrbio da perfuração. Sim, para furar até aqueles 7 metros, você causa um distúrbio abaixo do furo, um bulbo de tensões proporcional ao diâmetro da ferramenta, podendo chegar a 10 vezes o diâmetro em solos argilosos. Uma ferramenta de 4 polegadas pode causar um distúrbio de 1 metro e o seu amostrador coletará uma amostra não representativa. Por menor que seja a sapata de corte, um amostrador de 5 cm não vai conseguir escapar do distúrbio, ou seja, não é recomendado coletar amostras indeformadas com Uhland. Fora pequenos problemas operacionais, como por exemplo, como “empurrar” o amostrador em uma camada com areia grossa ou cascalho? Como reter no amostrador a amostra de areia fina? Por mais que a gente empurre só 5 cm, o solo argiloso compactado em subsuperfície, ao aliviar a pressão, se expande e pressiona o anel, reduzindo drasticamente os poros e dando um valor não representativo de porosidade no ensaio.
Como fazer então? Uma das formas é utilizar um amostrador tipo Shelby, que, por ter um tamanho maior, consegue “escapar do distúrbio, desde que seja usado por dentro dos trados ocos helicoidais e esses trados ocos tenham no seu interior uma ferramenta de corte de solo, como um peso ou um Center Head. Nunca utilizar após efetuar uma perfuração com a “portinhola” no fundo, pois essa portinhola causa grande tensão abaixo dela, ou seja, causa um enorme distúrbio que será coletado no Shelby. O Shelby é um amostrador de parede fina (o Uhland não é) e está de acordo com a norma NBR 9820, justamente de coleta de amostras indeformadas de solos em furos de sondagem (https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=5369)
Aqui um documento aberto que fala um pouco do Shelby
Ainda assim, o Shelby tem limitações: não pode ser realizado em solos com areia grossa ou pedregulhos/cascalhos, e deve ser transportado ao laboratório muito cuidadosamente, em pé em sem muitas vibrações, o que é quase impossível. O laboratório deve estar preparado para extrair a amostra e fazer o ensaio.
Como podem perceber, é extremamente difícil obter um dado representativo de porosidade total e efetiva. Portanto, considero razoável utilizar as informações da literatura, mas essa incerteza deve ser levada em conta no seu relatório. Além disso, deve ser feita uma excelente caracterização da unidade hidroestratigráfica, com análises granulométricas para que você saiba exatamente qual o tipo de solo você tem para depois consultar a literatura.
Em resumo, é fundamental saber a porosidade total e efetiva no GAC. Bem como a densidade do solo, que também requer amostra indeformada. Porém, obter uma amostra indeformada representativa é muito difícil. A alternativa é fazer uma boa descrição de campo, enviar muitas amostras representativas para ensaios de granulometria em laboratório, e com eles, consultar a literatura para obter uma faixa aceitável das propriedades do solo.
Consultem os seguintes materiais:
https://opentextbc.ca/geology/chapter/14-1-groundwater-and-aquifers/ - É inclusive um capítulo de livro de Geologia Física muito interessante
http://www.aqtesolv.com/aquifer-tests/aquifer_properties.htm - Traz muitos valores consagrados na literatura
https://pubs.er.usgs.gov/publication/wsp1839D - Essa é a referência clássica
Gostaria de falar também um pouco sobre um tema não técnico, mas muito interessante: Uma repentina e absurda valorização do preço das ações de uma Companhia chamada Game Stop, uma rede de lojas físicas de Games, um negócio “condenado” pelo mercado financeiro, ainda mais em tempos de pandemia. Algo como uma Blockbuster dos games.
No mercado de ações, existe uma opção de “short”, ou seja, você está em uma posição “vendida”, na prática, apostando na queda daquela ação. Um gigante fundo de investimento (Melvin Capital) com 13 bilhões de dólares, apostou maciçamente na queda das ações da Game Stop, iniciando uma “profecia que se auto cumpre”, pois se há forte aposta na baixa, a ação realmente baixa. O preço é pré-fixado, mas nenhuma ação é comprada ou vendida na hora, só no futuro, em data determinada. A falência da Game Shop era certa.
Porém, um grupo de fãs da loja e usuários de uma rede social mais específica para o público nerd chamada Reddit (baseada em fóruns, é bem legal, confiram lá), resolveu apostar contra a Melvin e comprar ações. Um monte de gente comprando ações, fez o preço da Game Stop disparar, e a Melvin vai ter que comprar pelo preço do mercado na data combinada. Milhões de pessoas compraram ações da Game Stop em menos de 1 semana, levando o preço de 4,30 dólares para 360, o que levaria o fundo Melvin à falência. A situação foi revertida com a entrada de outros fundos, mais Elon Munsk e outros comprando ações dos redditors ao preço elevado. Na prática, financiaram o prejuízo da Melvin e os redditors ficaram com o lucro.
E os Redditors disseram: “faremos de novo, vamos falir os fundos todos. Esses fundos são um câncer na economia real, vamos extirpar esse câncer.”
Dá uma ponta de esperança, ver um embrião de organização “popular” agindo contra os poderosos dentro das regras deles para derrubar um sistema que beneficia somente poucas pessoas ao custo da miséria de um planeta inteiro...
Mais informações aqui:
https://www.theenemy.com.br/social/gamestop-reddit-melvin-capital-wall-street
Vamos agora às notícias da semana:
- Mais algumas vagas apareceram essa semana: Tetra Tech (Trainee), Ambsolution (Comercial), Arcadis (Estágio), Golder (Analista Júnior). As vagas que recebo são prioritariamente divulgadas no nosso Canal do Telegram (https://t.me/areascontaminadas)
- Dentre essas vagas, destaco uma que me foi encaminhada diretamente pelo gestor direto dessa vaga, o Willem Takiya. Ele precisa de uma estagiária (o) com “sangue nos olhos”:
Estágio em Gerenciamento de Áreas Contaminadas - Arcadis
Objetivo: O estagiário atuará inicialmente no cadastro, interpretação e formatação dos dados brutos obtidos nos processos desenvolvidos na empresa. A medida que o estágio se desenvolve, outros objetivos serão desenhados junto aos coordenadores.
Requisitos: Graduação em andamento em Engenharia Ambiental, Gestão Ambiental e áreas correlatas, e disponibilidade de 02 anos para desenvolvimento das atividades. Conhecimentos do pacote office e força de vontade para aprender e crescer.
Benefícios: Remuneração de acordo com carga horária (a ser definida com base na disponibilidade e limites da legislação), Convênio médico, odontológico, auxilio academia, VR, VT e outros.
contato: willem.takiya@arcadis.com
- Está em Consulta Pública uma norma Técnica da CETESB que fala sobre Avaliação de Risco Ecológico. Muito importante para todo o mercado conhecer e entender o que está sendo proposto e fazer sugestões: https://cetesb.sp.gov.br/consulta-publica-norma-tecnica-cetesb-p4-001-are/
- Webinar importante, do Sinduscon, com a presença do Elton Gloeden, sobre as novas diretrizes para o GAC (diretrizes do Sinduscon). De acordo com o programa, O objetivo é promover um debate com o setor e os principais agentes acerca das boas práticas e soluções para reabilitação de áreas contaminadas, além do lançamento da IT Nº 033/IC/2020 da Cetesb, que dispõe sobre o procedimento para destinação sustentável do solo limpo proveniente das obras da construção civil a aterros licenciados.https://sindusconsp.com.br/acontece/webinar-novas-orientacoes-para-remediacao-das-areas-contaminadas/
- Vou dar uma dica fantástica, daquelas realmente matadoras, que o meu amigo Átila Pessoa compartilhou comigo, vinda do Geólogo Anderson Rodrigues, da EBP. É um site que faz grafos a partir de um artigo que você coloca lá. Imagine o seguinte, você tem um artigo que você considera importante. Aí você vai lá no site e coloca o nome dele lá. Ele conecta as referências desse artigo e te mostra quais mais estão relacionados, com temas parecidos, palavras chave, etc e você pode ler o resumo ali mesmo. O tamanho da bolinha é a quantidade de citações daquele artigo. É algo realmente muito interessante, realmente vale a pena!!!!!!! Entrem lá e divirtam-se: https://www.connectedpapers.com/
- Belo artigo, de Horst e colaboradores, todos da Arcadis/US, fazendo uma bela revisão das tecnologias de remediação por processos térmicos em áreas fontes nos EUA.
https://ngwa.onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/gwmr.12424#.YA-ANi0PoCU.linkedin
- Em algum momento no passado, já postei esse link, mas agora, com mais discussões sobre sustentabilidade nas remediações, vale a pena mostrar novamente essa planilha da EPA que ajuda a calcular os impactos da sua remediação ou mesmo da investigação. https://clu-in.org/greenremediation/SEFA/
- Mais um “vale a pena ver de novo”: um trabalho da Beth Parker e colaboradores sobre remediação com injeção “passiva” de permanganato em área contaminada por TCE e TCA. Mas gostaria de chamar a atenção para a belíssima investigação feita. Vejam o slide 26-29 (técnicas de investigação utilizadas nos anos 90, com foco em uma amostragem de solo de perfil completo muito minuciosa), os slides 44-47 mostrando a quantidade de pontos de injeção/monitoramento na fonte. Notem que o aquífero é arenoso e homogêneo, mesmo assim, a resolução é altíssima, para garantir a injeção no local correto: https://www.slideserve.com/mele/full-scale-permanganate-remediation-of-a-solvent-dnapl-source-zone-in-a-sand-aquifer
- Webinar gratuito do SERDP/ESTCP sobre amostragem e tratamento de PFAS: https://www.linkedin.com/posts/serdp-%26-estcp_serdpestcpwebinar-pfas-activity-6759935967227858944-YiUc/
- Belo texto do Sidney Goveia, falando de krigagem e variograma. Posso fazer um variograma com meus 3 poços de monitoramento? Que alternativa eu tenho? https://www.linkedin.com/posts/sidneysgoveia_a-estimativa-por-krigagem-requer-v%C3%A1rias-condi%C3%A7%C3%B5es-activity-6760329234465472512-H-eN/
- Texto bem legal da Bruna Nóbrega, que fala sobre a importância do trabalho de campo. Não é especificamente sobre GAC, mas se aplica igualzinho. Quantas vezes o poço perdido não estava embaixo do pallet? Quantas vezes o montante era jusante? Fundamental a ida ao campo, é a essência do GAC: https://www.linkedin.com/posts/nobrega-bm_vaeracampo-elasnaconsultoriaambiental-diadecampo-activity-6758443337939730432-Kywb/
- Outro texto bem legal no Linkedin, do Aylan Meneghine. Fala sobre o RT-PCR no GAC. Ouvimos muito sobre isso com a Covid-19, mas o ensaio de PCR para microrganismos com o objetivo de identificar e evidenciar a ocorrência da biorremediação é recomendada faz tempo. Só que o mercado meio que ignorava essa recomendação. Quem sabe agora o uso aumenta? https://www.linkedin.com/pulse/pcr-e-o-gerenciamento-de-%C3%A1reas-contaminadas-aylan-kener-meneghine/
- Artigo muito legal de Felipe Nareta no Linkedin, falando sobre tanques jaquetados de parede dupla em postos de combustíveis: https://www.linkedin.com/pulse/postos-de-combust%25C3%25ADvel-v%25C3%25A3o-al%25C3%25A9m-s%25C3%25B3-abastecer-carros-tanque-nareta/?trackingId=fg0ReLIMQgOWm9yoP6ZGUA%3D%3D
- Você acha que o seu trabalho de campo é difícil? Que a preservação das amostras é algo complicado? Veja essa amostragem mostrada pelo Geology Science no Linkedin: https://www.linkedin.com/posts/geology-science_geology-science-geologyscience-ugcPost-6757652863918338048-baDx/
- Seríamos nós “Mercadores da Dúvida”? Vejam um pouco sobre esse livro, que virou documentário, e fala sobre cientistas que ajudaram a lançar dúvidas sobre o tabagismo x câncer e, mais recentemente, lançando dúvidas sobre as mudanças climáticas. Spoiler: são os mesmos (!!!!) . Às vezes você se sente como um mercador da dúvida ao “bater no peito” e dizer que não há risco, é “só” restringir o consumo de água subterrânea ou que TPH total não é substância, portanto, não há risco? https://www.comciencia.br/mercadores-da-duvida-cientistas-contra-ciencia/
- Uma “onda verde” toma conta do mercado financeiro em Davos. Os fundos de investimento estão apostando alto no ESG (Environmental, Social, Governance). Não é um conceito que vá às raízes do problema, afinal, foi criado dentro do contexto do mercado financeiro (relembrando aquela charge famosa: “se todo mundo é a favor do meio ambiente, quem está destruindo?”) mas, dentro do mercado, é um conceito que está em alta, e como todos aqui estão inseridos no mercado, recomendo que fiquem atentos a isso
https://blog.nubank.com.br/esg-o-que-e/
- Após uma melhora inicial da qualidade do ar em São Paulo no início do isolamento social, quando esse isolamento era estimulado pelos governantes e pela própria sociedade, os índices de poluição (CO, particulados, enxofre, etc) voltaram ao “normal”. https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2021/01/poluicao-volta-a-velho-normal-em-sp-apos-melhora-inicial-com-quarentena.shtml
- Utilizado como parte da arma química no Vietnã, herbicida 2,4-D (ácido diclorofenoxiacético) destrói safras de vinho no RS, porque é usado na cultura da soja transgênica (resistente a 2,4-D), mas o “escape” dele mata as videiras. Além dos prejuízos, a substância pode causar câncer, alzheimer, parkinson e infertilidade. Em SC, 41 de 85 municípios apresentam agrotóxicos na água potável. Veja reportagem: https://www.youtube.com/watch?v=vrtoRID01XU&feature=emb_logo
- Notícia muito ruim para o meio ambiente. Está sendo estudada a extinção do ICMBio: https://www.oeco.org.br/reportagens/mpf-investiga-reunioes-secretas-do-mma-que-discutem-extincao-do-icmbio/
- Mais um belo artigo do professor Francisco Rodrigues: “Como ter ideia para um artigo científico?” https://francisco-rodrigues.medium.com/como-ter-ideias-para-um-artigo-cient%C3%ADfico-72b2f4db94c1
- Os algoritmos são “neutros”? A gente gosta de achar que sim. A tecnologia é neutra? O avanço das redes neurais, do machine learning é um fim em si mesmo? Há neutralidade nesse avanço ou isso serve a algum propósito? Dentro dessa discussão, uma reportagem muito interessante na Uol escancara algo que já discutimos aqui em outras ocasiões: o racismo explícito nos algoritmos das principais redes sociais. https://www.uol.com.br/tilt/reportagens-especiais/como-os-algoritmos-espalham-racismo/index.htm#end-card
- Relatório da Oxfam Brasil mostra que a pandemia foi péssima em vários aspectos para muita gente. Um deles é o econômico. Porém, as perdas da pandemia não são iguais, tampouco proporcionais. Enquanto o 1% mais rico já recuperou as perdas e aumentou o processo de acumulação, os 50% mais pobres vão demorar 14 anos para voltar ao patamar pré pandemia de poder de compra. Apenas 10 homens lucraram, em 2020, o suficiente para comprar vacinas para todo o planeta. O abismo das desigualdades no mundo irá aumentar. É preciso construir uma economia justa, igualitária e sustentável. Uma economia a serviço das pessoas e não dos privilégios. Leiam o relatório: https://www.oxfam.org.br/justica-social-e-economica/forum-economico-de-davos/o-virus-da-desigualdade/
- Algumas pessoas nos últimos tempos me pediram indicação de músicas com temática ambiental para apresentações, etc. Gosto bastante dessas três aqui abaixo. O Sal da Terra é o maior clássico, mas as outras duas são legais.
Sinal dos Tempos (Heróis da Resistência): https://www.youtube.com/watch?v=UI61SEBAw1I
Sal da Terra (Beto Guedes): https://www.youtube.com/watch?v=Kiok0T2WHf4
Versão Alternativa (Jota Quest e Beto Guedes): https://www.youtube.com/watch?v=pE_4m5_Da1o
Planeta Sonho (Flavio Venturini): https://www.youtube.com/watch?v=7ZYWKABBFSc
Amigas e amigos, muito obrigado pela leitura. No Canal do Youtube (youtube.com/c/ecdtraining) estamos com 593 inscritos!!!! No Telegram (https://t.me/areascontaminadas ) temos 231 inscritos e no Instagram já temos 451 Seguidores (@ecdambiental). Espero que estejamos conseguindo ajudar bastante gente!!!!
Por hoje é isso. Aguardo os comentários, sugestões e críticas. Mais uma vez peço que acessem o https://apoia.se/ecdambiental para vocês conhecerem melhor a nossa campanha e, se puderem, contribuírem conosco. Se tiverem dúvida, estou à disposição.
Se alguém não quiser mais receber as minhas mensagens, é só responder esse e-mail com o texto REMOVER
Marcos Tanaka Riyis
ECD Ambiental
http://youtube.com/c/ecdtraining
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